segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Lasar Segal

Lasar Segal nasceu em 21 de julho de 1891, na cidade de Vilna, capital da Lituânia. Faleceu em 2 de agosto de 1957 na cidade de São Paulo, deixando um vasto acervo que enfatiza não somente a beleza, mas sobretudo a miséria que presenciara durante toda sua jornada. Para Segal a pintura estática não lhe satisfazia, haja vista que nela era preciso fazer algumas distorções de modo a retratar a realidade – propósito esse que o levou a aproximar-se do Expressionismo. Depois de rápida estada na Holanda, partiu para o Brasil, onde organizou duas exposições: uma em São Paulo e outra em Campinas.
Mais que um pintor, considerado também como um verdadeiro sociólogo, Lasar Segal tinha obsessão pelo ser humano e, por meio dos pincéis, retratou os problemas brasileiros, revelados por cenas familiares, dando ênfase ao interior pobre das casas, bem como aos rostos sofridos de seus habitantes. Cenas essas que retratavam o conformismo de uma sociedade considerada imutável.
Assim sendo, utilizava em suas obras não somente óleo sobre tela, mas também processos de gravura que aprendera na Rússia, tais como a litogravura e a zincografia, os quais conferiam à sua arte um caráter puramente versátil.
Atingido por um ataque fulminante, veio a falecer. Contudo, sua vasta obra permaneceu viva, por meio de um acervo com 2500 obras, local onde funciona uma Biblioteca organizada por sua mulher – escritora e tradutora.
( http://www.brasilescola.com/literatura/artistas-da-arte-moderna.htm acessado em 09/09 as 23:45 )



Na Semana da Arte Moderna juntaram-se artistas de expressão, grandes incentivadores deste movimento que pretendiam apresentar ao público o que se fazia de mais inovador no país, no campo das artes, da literatura e da música.

Em 1923, Lasar mudou-se para São Paulo/Brasil, declarou ter encontrado o milagre da corao olhar o mar verde e um céu azul.

Casou-se, nesse ano de 1923, pela segunda vez, com a brasileira Jenny Klabin, de uma tradicional família paulista.

Em 1924, morando definitivamente no Brasil passou a pintar temas brasileiros: mulatas, prostitutas, marinheiros, paisagens, favelas e bananeiras. Em 1929 dedica-se à escultura em pedra, madeira e gesso.

Porém, após alguns anos, voltou a retratar o sofrimento do ser humano, como também não deixava de expressar em suas telas, a compaixão pelos perseguidos do sistema nazista. Retrata grandes temas humanos, como o sofrimento e a solidão. É desta época que temos Pogrom (retrata o massacre das crianças judias), Navio de emigrantes, Guerra e Campo de concentração.

Em 1951, Lasar deu início ao último ciclo de sua obra com: As Erradias, Favelas e Florestas. Morre em 1957, aos 66 anos, de problemas cardíacos. A ‘casa estúdio’onde morou, foi convertida em museu.

Em seu epitáfio Oswald de Andrade lhe faz a última homenagem:

Eu sou o ícone
Eu sou a construção
Eu sou a revolução
Sou o sentido perturbador
Do homem que perdeu o lar
Viajo nas mãos dadas dos imigrantes do navio
Recomponho as massas e realizo a viajem
Habito o inesperado
Quero o porto. Sou a permanência.
Eu sou o futuro!

Ficou uma obra forte, de conteúdo humano triste, denso e melancólico. Mas também deixou pinceladas mais alegres retratando coisas autenticamente brasileiras.


Guerra 

Erradia /1956
Mãe morta/1942
Navio de emigrantes
Jovem de cabelos compridos / 1942




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