Biografia de Ismael Nery:
Um dos maiores e mais talentosos pintores que o Brasil já teve, Ismael Nery sempre se auto-nomeou filósofo devido ao seu modo de pensar e pintar suas obras, pois para ele era muito mais do que apenas pintar, era expressar a realidade, sua modalidade de pintura era somente de pintar pessoas em seus cotidianos, e isso foi o que destacou o artista dos outros de sua época.
Ismael Nery nasceu em Belém do Pará em 1900 e faleceu em 1934 na cidade do Rio de Janeiro. Esse artista não defendia a ideia de nacionalidade como os artistas de sua época; ao contrário, estendia sua expressão artística em seu sentido mais amplo, entrelaçando todas as correntes de pensamento. Sua carreira como pintor não lhe rendeu o merecido reconhecimento por parte do público, uma vez que não chegou a vender mais que uma centena de quadros, expostos somente em dois eventos. Ao contrário de sua produção enquanto desenhista, que, segundo a opinião de especialistas, era melhor que sua pintura.
Costuma-se dividir a obra desse nobre artista em três vertentes: a expressionista, indo de 1922 a 1923; a cubista, de 1924 a 1927, sob forte influência de Pablo Picasso; e a Surrealista, demarcada de 1927 a 1934, sua fase mais importante e promissora.
“Pertenço a esta espécie de homens que não constroem nem destroem, mas que dão a razão de toda a construção e de toda destruição.”
Ismael Nery

Em 1920, viajou para a França, voltando dois anos depois, para casar-se com Adalgisa Nery, com quem teve dois filhos.
Em 1927, voltou à Europa, conhecendo o pintor judeu-russo Marc Chagall, que exerceu forte influência em sua carreira, a qual, a partir de então, voltou-se para o Surrealismo.

Em 1933, um diagnóstico revelou que ele era portador de tuberculose, o que o levou internar-se em um sanatório. Meses depois, 6 em abril de 1934, faleceu e foi enterrado vestindo um hábito dos franciscanos, numa homenagem dos frades à sua ardorosa fé católica.
A obra de Nery permaneceu ignorada do público e da crítica até 1965, quando teve seu nome inscrito na 8ª Bienal de São Paulo.
Em toda vida, não pintou mais que uma centena de quadros, realizou duas exposições individuais. E nelas conseguiu vender apenas um quadro.
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